Nesta terça-feira, teve início uma série de reuniões entre países latino-americanos e a OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
A chamada “Semana Brasil-OCDE” é realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, e será realizada até sexta-feira, 24. No fórum serão realizados eventos sobre educação, produtividade e políticas econômicas no Brasil e no resto da América Latina.
No evento de abertura, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, afirmou que, para o país se juntar ao grupo, é importante preservar o orçamento da Educação. A afirmação foi feita um mês depois de o Ministério da Economia anunciar um corte de R$3,2 bilhões – 14,5% – no orçamento da pasta.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, mencionou a preocupação da OCDE com a questão da sustentabilidade, mas não mencionou que os indicadores de desmatamento no Brasil pioraram na gestão Bolsonaro. “Somos parte decisiva da preservação ambiental. O mundo tem nos tratado como se fôssemos um problema”, disse ele durante a abertura do evento Semana Brasil-OCDE. “A OCDE olha para o Brasil como parte da solução da sustentabilidade. Temos a matriz energética mais limpa do mundo,” disse o ministro.
Guedes admitiu que ainda há muitas etapas a serem vencidas até a adesão do Brasil na organização internacional. “”O processo de acessão à OCDE é longo e pode ter algum tempo pela frente. O Brasil está atrasado, nos interessa receber influência favorável da OCDE. E é importante para a OCDE que Brasil entre, é a maior potência verde do planeta,” afirmou Guedes.
O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, afirmou que o governo brasileiro trabalha para que o processo seja concluído o mais rápido possível. “Estamos trabalhando para processo de acessão à OCDE no menor prazo possível. A aproximação com OCDE traz benefícios e maior inserção internacional para o Brasil,” disse França.
O Itamaraty informou que, ao longo da Semana Brasil-OCDE, será lançado um projeto financiado pela União Europeia para dar auxílio ao Brasil na recuperação da crise econômica, com medidas voltadas ao chamado “crescimento verde”.