O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que redes sociais como Instagram, Twitter, Facebook, Telegram e YouTube bloqueiem perfis do Partido da Causa Operária (PCO). A sigla é alvo do inquérito das fake news.
A decisão surge após as plataformas sociais entrarem com uma série de recursos contra o pedido de Moraes no início de junho, quando o ministro afirmou que ver indícios de que o PCO teria usado os perfis de forma “indevida e reiteradamente” para “impulsionar a propagação das declarações criminosas” e “ataques escancarados e reiterados às instituições democráticas”.
No novo despacho, o ministro da Corte alegou que os recursos das empresas não tem efeito suspensivo – ou seja, não implicam na suspensão da decisão proferida, até que os pedidos sejam analisados – e assim apontou que ‘não há qualquer justificativa para o parcial descumprimento’ do despacho.
Em publicações nas redes sociais, a sigla afirmou que: “em sanha por ditadura, skinhead de toga (se referindo a Alexandre de Moraes) retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF”.
O PCO também usou as redes sociais para acusar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tentar fraudar as eleições para impedir uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto.
A sigla também afirmou que as urnas eletrônicas são “ligadas diretamente a Sergio Moro”. E que o TSE é comandado pelo “lava-jatista”, o ministro Edson Fachin e pelo “tucano fascista” Alexandre de Moraes. Ambos são ministros do STF e do TSE.
Quando o bloqueio das contas foi incialmente determinado, o presidente do partido, Rui Costa Pimenta, classificou o bloqueio como “censura”.