O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou nesta sexta-feira (29) que a Justiça Eleitoral não vai aceitar intervenção das Forças Armadas nas eleições. A declaração foi dada durante entrevista coletiva no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PRE).
“Para sugestões das Forças Armadas, a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição. Para intervenção, jamais”, declarou. A fala respondeu a declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na quarta-feira (27), onde em uma cerimônia no Palácio do Planalto, ele sugeriu uma contagem de votos paralela feita pelas Forças Armadas.
O evento organizado pela bancada evangélica e pela de segurança pública se tornou um palco para críticas do chefe do Executivo ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao TSE. “Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições”, afirmou Bolsonaro, ao destacar que as Forças Armadas apresentam sugestões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As Forças Armadas fazem parte da Comissão de Transparência Eleitoral do TSE e enviaram um documento com 10 medidas para ampliar a confiabilidade do processo eleitoral. O texto foi analisado pela comissão e instalado pela Justiça Eleitoral.